Chega lá

Aí, na moral, juro, um dia ainda vou contar, ainda vou contar e jogar na cara da Eliete quantos passos por dia eu dou nessa areia quente. Na moral, a mulher vive reclamando que não faço nada, que não penso na pequena. Como não penso? Se aturo essa areia quente todo dia, esse bando de playboy que não faz nada, só atrapalha minha passagem. Olha aquele idiota ali, olha. Ele fuma um baseado num bem-bom e eu aqui. Na moral, não posso esquecer de ligar pra Eliete, saber se a febre da pequena baixou. Daqui a pouco vou dar uma paradinha, quando chegar lá no Bené, eu dou. Nóoossa, que mulher gostosa, tipo Juliana Paes aquela ali, acho que vou chegar lá pra ver se rola. Vai que ela tá com sede. Foi assim que cheguei junto da Cleide, nunca esqueço. Aliás, essa aí, nunca mais eu. Na moral, tô em baixa mesmo. Vou lá, vou chegar lá, falar que é diet, bom que chego perto d'água, refresco a cabeça, parece que tô fritando. E é tudo culpa da Eliete, ela que enche minha cabeça, enche tanto que chego aqui na praia e fico ouvindo a voz da mulher. Ô praga! Ih, aquele gringo ali vai querer, não é possível, vou caprichar no english, vai rolar, vai rolar.
Elisa

Nenhum comentário:

Postar um comentário